terça-feira, 30 de agosto de 2011

Psicodrama: mais uma ferramenta na solidificação da Cultura da Paz

O psicodrama é um instrumental muito interessante para utilização dos educadores no trabalho com grupos de alunos, grupos de familiares, grupos de funcionários... O método foi criado pelo médico romeno Jocobo Levy Moreno.

O eixo principal da teoria de Moreno é a interrelação pessoal, isto é, a ideia do homem em relação, um indivíduo social, que nasce em sociedade e precisa dos outros para sobreviver. Dois elementos têm destaque na obra de Moreno: a espontaneidade e a criatividade. A espontaneidade seria a capacidade humana de agir de modo adequado diante de situações novas e a criatividade seria a capacidade humana de criar uma resposta inédita ou renovadora transformando situações preestabelecidas. Segundo Moreno, o ser humano tem uma capacidade ilimitada para a ação criativa e ilimitada, mas essa capacidade vem sendo bloqueada pelas conservas culturais.

A proposta do psicodrama é de proporcionar mudanças no grupo como um todo. Criam-se, assim, condições para recuperação da espontaneidade e da criatividade, proporcionando ao indivíduo, o “Encontro”, ou seja, a pessoa se torna capaz de enxergar com os olhos do outro e vice-versa.


Assim, como outras práticas como as propostas de programas de mediação de conflito, dinâmicas de grupo e tantas outras ações, o psicodrama é um instrumental que pode ser de grande utilidade em um programa de solidificação da cultura pela paz. Vale a pena conferir os estudos sobre a técnica...


“O psicodrama aplicado à educação é um notável instrumento, pois favorece a ação sem despertar a competitividade, desenvolve senso de responsabilidade e cooperação, criatividade e permite a tomada de decisões...”(Ivna Ariane Santos Vieira, 2009, p.02)




Referências bibliográficas:



Os saberes e o fazer pedagógico: uma integração entre a teoria e a prática. GOMES, A.M.M; ALBUQUERQUE,C.M.;CATRIB,A.M.F.;SILVA,R.M.; NATIONS,M.K.;ALBUQUERQUE,M.F.

Psicodrama e Dinâmica de Grupo. Cybele M. R. Ramalho. Aracaju, 2010. Artigo em PDF – 157 páginas, disponível pela internet no seguinte endereço:http://profint.com.br/artigos/psicodrama_e_dinamica_de_grupo.pdf
(tem um capítulo muito interessante para educadores, intitulado: A dinâmica de grupo psicodramática aplicada à educação.)

Ações educativas: vivências com psicodrama na prática pedagógicaPor Escolástica Fornari Puttini. Parte do conteúdo do livro está disponível para visualização pelo Google.

Educação Psicodramática Libertadora: contribuições de Moreno e Paulo Freire para prática pedagógica no contexto universitário.


Este artigo fala do jogo dramático como estratégia na prevenção ao bullying. Muito interessante!

Edital do Concurso SEMEANDO A PAZ

Para os educadores do Município de Sarzedo/MG:

Por que o Concurso Semeando a Paz?


Achamos muito importante iniciar esse programa de prevenção ao bullying na escola com os profissionais da educação, incentivando-os a integrar a temática do bullying dentro dos conteúdos programáticos que fazem parte de sua agenda diária, trabalhando temas como o respeito às diferenças pessoais, a valorização da amizade, a solidariedade, o estímulo à empatia, entre outros.

Quando falamos em Semear a Paz, pensamos em cada educador como esse semeador, pois as atividades desenvolvidas para o concurso poderão alçar voos e reforçar, verdadeiramente, uma cultura de pacificação. Por isso, nosso ideal, com essa primeira etapa do programa, é de que as boas ideias aflorem e que as atividades desenvolvidas sejam ricas em propostas pela melhoria das relações socioafetivas dos alunos.

Ao inscrever sua atividade no concurso, o educador deverá assinar um termo de autorização para publicação do material em um livro do programa a ser editorado.

A segunda etapa do programa consiste em distribuir o material para todas as escolas do município, divulgando as atividades desenvolvidas, incentivando a sua reaplicação, bem como de que as ações de prevenção ao bullying sejam uma prática constante nas escolas.

Divulgar as boas ideias é o investimento de todos envolvidos no concurso para que essa sociedade de Paz, tão sonhada, possa, a cada dia mais, estar mais próxima de nossa sociedade real...

(...)“Imagine todas as pessoas vivendo a vida em paz
Você pode dizer que eu sou um sonhador
Mas eu não sou único
Eu tenho a esperança de que um dia você se juntará a nós
E o mundo será um só” (...)

(John Lennon)

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Prefeitura de Sarzedo
Secretaria Municipal de Educação
Núcleo de Atenção Psicossocial à Infância – NAPSI


PROGRAMA DE PREVENÇÃO AO BULLYING NA ESCOLA


Concurso: Semeando a Paz!
Apresentação:

A Prefeitura de Sarzedo, através da Secretaria Municipal de Educação, realiza o concurso destinado a escolher as atividades sobre o bullying, desenvolvidas pelos(as) educadores(as) atuantes no município, que, de forma criativa e lúdica, transmitam a todos ideais de uma cultura pela PAZ, tais como: respeito às diferenças, valorização da diversidade humana, estímulo ao companheirismo, fraternidade, solidariedade,tolerância entre outros.

Quem pode participar:

Educadores que, no ano de 2011, possuam vínculo empregatício nas escolas da cidade de Sarzedo (públicas e particulares).
O programa premiará em duas categorias:

Categoria Especialistas da Educação: destinada aos supervisores das escolas do município que desenvolverão seus projetos com funcionários das escolas e/ou familiares dos alunos.

Categoria Professores, Monitores e Coordenadores: destinada aos professores, monitores e coordenadores das escolas do município que desenvolverão seus projetos com alunos e/ou familiares dos alunos.

Objeto do concurso:
O concurso premiará os três melhores projetos de cada categoria sobre a temática do bullying, que deverá ser aplicado com o público escolhido pelo educador, conforme critérios acima especificados.
Cada funcionário poderá inscrever apenas um trabalho.

Elaboração da atividade:

O educador irá desenvolver um material escrito, nos moldes de um projeto, no qual irá planejar a atividade que desenvolverá, bem como registrar sua aplicação e resultados alcançados.
O material escrito deverá conter os seguintes tópicos (dentre outros, caso o educador ache interessante acrescentar):
- Título
- Apresentação
- Objetivos
- Público-alvo
- Desenvolvimento do Projeto
- Resultados alcançados
- Conclusão

A atividade deve ter como meta proporcionar a melhoria das relações socioafetivas da comunidade escolar, tornando, para cada um, valores humanos - como respeito ao próximo, tolerância às diferenças pessoais, solidariedade, compreensão, dentre outros - essenciais a atitudes diárias de todos.

Quando da aplicação da atividade, o educador deverá registrar a aplicação da atividade (através de filmagem, fotografia, material produzido pelo aluno, enfim, tudo aquilo que comprove que a atividade foi realizada conforme planejada).

Como apresentar a atividade para o concurso:

O educador deverá entregar o material escrito (digitado em folha branca de papel A4, fonte Arial, tamanho 12, espaço entre linhas 1,5). Em anexo, deverão ser apresentadas provas que comprovem que a atividade foi aplicada a um grupo de alunos (e/ou familiares dos mesmos, funcionários da escola), como fotografias, vídeos, depoimentos, questionários etc. Caso o projeto não atenda ao estipulado, o mesmo será desclassificado.

Inscrição da atividade:

A atividade deverá ser entregue no Núcleo de Atenção Psicossocial à Infância, dentro de um envelope lacrado, no período de 23/11/2011 a 25/11/2011. Na frente do envelope deverá conter, através de etiqueta ou informação manuscrita, os seguintes dados de identificação: nome do(a) educador(a), escola de origem.

Comissão julgadora:

As atividades serão avaliadas por comissão julgadora formada por profissionais das áreas da educação (02), psicossocial (02), Conselho Municipal de Educação (01 - que não tenha vínculo com nenhuma escola), representante do Conselho Tutelar (01) e Legislativo (01 - que não tenha vínculo com nenhuma escola).

Critérios de avaliação e julgamento:

- Adequação ao tema.
- Marcas de autoria.
- Criatividade.
- Originalidade (itens diferenciados).
- Recursos pedagógicos.
- Ludicidade.
- Elementos de pacificação (ênfase ao respeito, à tolerância, valorização da diversidade, entre outros).
- Alcance didático (alunos/escola/família).
- Adequação dos resultados obtidos à meta da atividade.

Premiação:

De cada categoria, serão selecionadas, para premiação, as três atividades, que mais atendam aos critérios propostos pelo concurso, sendo que, seus autores serão premiados, em evento que ocorrerá no dia 02/12/2011, às 18h30, na Câmara Municipal. Os nomes dos educadores premiados no evento serão divulgados no site da Prefeitura a partir do dia 30/11/2011.

Os(as) educadores(as), autores(as) das atividades premiadas, receberão os seguintes prêmios, conforme sua classificação final no concurso:

1º lugar – 1 viagem com acompanhante para Porto Seguro em um período compreendido entre os  meses de dezembro de 2011 a janeiro de 2012 (O que está incluso: transporte aéreo de ida e volta, translado em Porto Seguro aeroporto/hotel/aeroporto e hospedagem com café da manhã e jantar.)
2º lugar – 1 tablet
3º lugar – 1 netbook


Da cessão de direitos:


Os participantes do presente concurso desde já cedem, a título gratuito, à Secretaria Municipal de Educação, todos os direitos autorais decorrentes dos projetos criados, incluindo, mas não se limitando, o direito de divulgação, utilização, reprodução total ou parcial de edição, alteração e/ou modificação, por qualquer meio ou mídia impressa e/ou eletrônica, incluindo a Internet, para fins institucionais, respeitados e preservados todos os direitos morais dos autores.
Os participantes garantem a boa origem e originalidade dos projetos criados, sendo, exclusivamente, responsáveis por qualquer eventual questionamento decorrente de direitos autorais a eles relativos, respondendo cível e criminalmente pelos ilícitos que vierem a cometer no âmbito da propriedade intelectual.
Os participantes autorizam igualmente o uso de sua imagem, voz e nomes em filmes publicitários e institucionais veiculados em mídia eletrônica, fotos, cartazes, anúncios em jornais e/ou revistas e em qualquer outra forma de mídia impressa e/ou eletrônica para divulgação do Concurso em território nacional.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Fortalecendo os vínculos familiares

“O indivíduo é um ser geneticamente social, ele não sobrevive sozinho”. (Wallon)


Sobre a família:

         O ser humano é um ser social.
         A família tem um papel fundamental na constituição psíquica da criança.


O que é família?

         Um núcleo de convivência unido por laços afetivos.
         Célula mãe da sociedade.
         O grupo de convivência é que nos fornece parâmetros para saber se somos ou não bem sucedidos.
         A família não é um grupo natural, mas cultural.
         A família é uma estruturação psíquica, onde cada um dos membros ocupa um lugar, uma função.
         Função do pai, função da mãe, lugar dos filhos, sem, entretanto, estarem necessariamente ligados biologicamente.



         Para o bom desenvolvimento emocional da criança é necessário que as funções da família sejam exercidas.

As famílias não são iguais, mas algo se mantém: as funções de cada um, que precisam ser exercidas!!!


Funções da família:

MOSTRAR PARA A CRIANÇA O SEU VALOR

  • Celebrar seus esforços. Aceitá-las como elas são = estimular sua autoconfiança.

Estudos mostram que crianças que são elogiadas por seus esforços (empenho, tentativas) têm mais autoconfiança do que crianças que são elogiadas apenas pelos seus bons resultados.

Os pais não devem se apresentar aos filhos como super-heróis, perfeitos, infalíveis.
Seus problemas, desejos e erros devem ser colocados à mesa.

Não se deve subestimar a capacidade das crianças de entender os problemas dos adultos. Muitas vezes, a idéia de que estarão ajudando os pais faz com que os filhos compreendam mais facilmente uma situação.

FALAR, EXPRESSAR SENTIMENTOS E EMOÇÕES.

  • Aprender a escutá-las, conversar sobre seus assuntos, significar suas reações.

Não ridicularizar seus medos. Escutar suas perguntas. = Desenvolver sua inteligência emocional.

As refeições são um bom momento de diálogo e negociação,  mas não podem ser o único... Quanto mais convive e conversa, mais a família se entende.



ENSINÁ-LAS A LIDAR COM AS PERDAS E AS FRUSTRAÇÕES.

  • Pais não devem ter medo de birra e nem de cara feia. Os acessos de mau-humor são bons para ensinar o filho a encontrar alternativas e superar frustrações.

Crises fazem parte do crescimento!



SABER LIDAR COM AS PERDAS E FRUSTRAÇÕES É ESSENCIAL.

         A tolerância à ambigüidade e à frustração é a condição para o início de operações mentais de complexidade cada vez maior.
         A criança precisa perceber que tem competência para superar frustrações e insucessos que, uma hora ou outra, vão aparecer em sua vida.
         O Papel da família é MOSTRAR QUE a vida tem valor, significado, apesar de todos os conflitos, divergências e das coisas ruins do cotidiano.



APRENDER A FALAR “NÃO”.


         Pais devem deixar claro aos filhos que há coisas negociáveis e outras não.
Mas mesmo as inegociáveis necessitam de uma explicação.
         Ao dizer "não", os pais fecham uma porta, mas devem tentar abrir uma janela.
         Evite dizer não hoje e amanhã dizer sim para a mesma coisa.
         Os próprios familiares podem contribuir para agravar o processo, mesmo que de forma involuntária, à medida que desqualificam a criança, rotulando-a como rebelde, mal-educada, manipuladora, agressiva, difícil... ou, no outro extremo, superprotege, justificando suas atitudes de forma a mascará-las, atribuindo a culpa pelo comportamento dela a outros. Numa tentativa de encobrir ou desculpar seus erros, tiram os filhos das situações difíceis, livram-lhes das conseqüências naturais e desviam a culpa para alguma outra fonte.

        A superproteção dada pelos pais resulta em crianças dependentes, incapazes de compreender o mundo que as cerca.



COMPARTILHAR MOMENTOS DE LAZER.

Brincar é importante!

“As crianças são seres oníricos,
seus pensamentos têm asas.
Sonham sonhos de alegria. Querem brincar.”
                                              Rubem Alves


         Há um mal-entendido fundamental entre a criança e o adulto a respeito do brincar. Para o adulto, o brincar é sinônimo de divertimento, no sentido de distração, mas para a criança: BRINCAR É COISA SÉRIA!

“Brincar não é perder tempo, é ganhá-lo. É triste ter meninos sem escola, mas mais triste é vê-los enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação humana”.
          Carlos Drummond de Andrade


“Através de uma brincadeira de criança, podemos compreender como ela vê e constrói o mundo – o que ela gostaria que ele fosse, quais suas preocupações e que problemas a estão assediando. Pela brincadeira, ela expressa o que teria dificuldade de colocar em palavras. Nenhuma criança brinca só para passar o tempo, sua escolha  é motivada por processos íntimos, desejos, problemas, ansiedades. O que está acontecendo com a mente da criança determina suas atividades lúdicas; brincar é sua linguagem secreta, que devemos respeitar mesmo se não a entendemos.”
                                               Bruno Bettelheim

  • Por meio do brincar, a criança desenvolve uma série de elementos responsáveis pela formação da sua personalidade.

         Ao brincar, a criança descobre o mundo, aprende, experimenta possibilidades, organiza emoções, processa informações, testa relações sociais e constrói autonomia para agir.
         Através de jogos e brincadeiras, as crianças aprendem a simular e exercitar situações do dia-a-dia, aprendendo a enfrentar desafios e a lidar com conquistas, derrotas, fracassos e sucessos.
         É brincando que ela expressa sentimentos e emoções que ela mesma desconhece.
         É brincando que ela experimenta suas habilidades.
         É brincando que manifesta suas potencialidades e assim, através de experiências das mais variadas, vai aprendendo a viver, libertando-se de seus medos e amadurecendo de dentro para fora, devagarzinho e com segurança que só as coisas naturais e verdadeiras oferecem.

“É no brincar, e talvez apenas no brincar, que a criança ou o adulto  fruem de sua liberdade de criação. As brincadeiras serve de elo entre, por um lado, a relação do indivíduo com a realidade interior, e por outro lado, a relação do indivíduo com a realidade externa ou compartilhada.”
                                                                                              Winnicott

“Brincadeira... é o adulto que, por metáfora, batizou de brincadeira todos os comportamentos de descobertas da criança...”
                                                                     Wallon

AS CRIANÇAS SÃO SUJEITOS COM SONHOS E HISTÓRIAS PRÓPRIAS. PARA TRILHAR COM SEGURANÇA SEUS CAMINHOS, PRECISAM CONTAR COM O APOIO DA FAMÍLIA. UMA FAMÍLIA QUE SAIBA ESTIMULAR SUA AUTONOMIA E QUE, AO MESMO TEMPO, LHE TRANSMITA A CERTEZA DE QUE ESTÃO PROTEGIDAS.
                                                   Cláudia Pinheiro Camargos


Sugestões bibliográficas:


Programa de Qualidade na Interação Familiar - Manual para Aplicadores
Lídia Weber, Ana Paula Salvador e Olívia Brandenburg.
Juruá Editora.

Sinopse: " Este manual é direcionado aos profissionais que pretendem trabalhar com pais e mães, com o objetivo de proporcionar uma melhora na qualidade das relações familiares, especialmente entre pais e filhos, e apresenta uma descrição completa e detalhada do Programa de Qualidade na Interação Familiar. O Programa, baseado em pesquisas da Análise do Comportamento e que utiliza a Disciplina Positiva, foi elaborado e testado pelas autoras nos últimos três anos. É composto por oito encontros semanais, trabalhados com vivências, treinos, discussões dirigidas, tarefas de casa e auto-registros; neste manual você encontra a descrição completa de todas as atividades a serem realizadas nos oito encontros, assim como a seqüência destas. E ainda, muitas dicas de como se preparar, de como aplicar, como agir com o grupo, sugestões de filmes para discussão, dúvidas mais freqüentes e suas respostas. Este é um manual prático que deve ser utilizado em conjunto com o livro Eduque com Carinho: equilíbrio entre amor e limites (para pais e filhos), de Lidia Weber, que apresenta, em linguagem acessível, o respaldo teórico que também precisa ser trabalhado no Programa. Se você quer ser mais um aplicador do nosso Programa, então seja bem-vindo ao time dos defensores da Qualidade na Interação Familiar." 

    Eduque com Carinhos - para Pais e Filhos
    Kit com 2 livros: um para pais e outro  para filhos)
    Lídia Weber
    Juruá Editora

Sinopse: "Baseado no princípio da psicologia positiva (amor e limites), a doutora em psicologia Lidia Weber, guia os pais de forma objetiva e com fácil linguagem para que sejam mais seguros e participativos, e, assim, ajudem seus filhos a se tornarem responsáveis, autônomos, competentes, autoconfiantes e afetivos. A edição vem em uma caixa com dois exemplares: um, para os pais, e outro, de textos e atividades, para crianças onde você poderá ler para o seu filho, ler com o seu filho, pedir para ele ler para você ou deixá-lo ler sozinho. Mais do que um livro, é um manual de relacionamento da família. Eduque com carinho, para pais, com textos leves, mas embasados em pesquisas científicas sobre Educação e Disciplina Positiva, é direcionado a pais e profissionais que trabalham com crianças."

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Programa de Prevenção ao Bullying na Escola


Ontem, foi oficialmente iniciado o Programa de Prevenção ao Bullying na Escola no município de Sarzedo. A primeira ação foi a de propor a todos os educadores da cidade, da rede pública e particular, que nesse segundo semestre de 2011, desenvolvam com alunos, familiares dos alunos e funcionários das escolas ações que valorizassem os ideais de uma Cultura da Paz.



Essas ações incluem propostas de caráter preventivo – como projetos de incentivo a valorização da diversidade, propostas focadas para o fortalecimento de vínculos afetivos, atividades que favoreçam a expressão dos sentimentos pelos alunos (e que os mesmos sejam recebidos por todos de forma respeitosa), etc. Podem envolver ações de conscientização sobre os efeitos nocivos do bullying para todos, como também, intervenções em situações em que o bullying já é ocorrente... Enfim, o campo de alcance para as ações a serem desenvolvidas pelos educadores é amplo e somadas essas ações tendem a favorecer o ideal da Cultura da Paz.



O programa no município iniciou-se com o Concurso Semeando a Paz, que premiará os melhores projetos desenvolvidos por educadores no município. No entanto, é importante ressaltar que todas as ações já são por si, vencedoras... serão sementes de novos valores, cujo alcance esperamos ir além dos muros escolares...



O que nós, comunidade, esperamos dos educadores neste momento?



Que sejam criativos, que integrem a temática em seus conteúdos escolares, promovam a reflexão, potencializem a capacidade de transformação que há em cada criança, em cada adolescente.



Escrever suas ações, registrar sua prática é importante para que possamos formular um material com todas as atividades enviadas para a comissão do concurso que atendam às propostas do programa, para que, então, as mesmas possam ser divulgadas em toda comunidade escolar. Polinizar ações é semear a paz.

sábado, 20 de agosto de 2011

Quando vamos parar de atirar pedras?


Quando falamos em bullying, geralmente, o que primeiro vem a nossa mente são ações reparadoras e ações punitivas. Pessoas que são vítimas de bullying, geralmente, estão em situações de sofrimento psíquico e, às vezes, desenvolvem uma série de sintomas – como transtorno de pânico, dificuldades de aprendizagem, fobias etc. As vítimas do bullying chegam, muitas vezes, encaminhadas aos consultórios de psicologia e/ou de psiquiatria, pelos sintomas que manifestam. As crianças e jovens que praticam o bullying, também, muitas vezes, são levadas aos consultórios de psicologia e ou/psiquiatria por motivos comportamentais, queixas emocionais, ou por muitas vezes, estarem inseridas numa estrutura familiar onde os vínculos não estão bem estabelecidos. Para os autores do bullying, também, são pensadas medidas para implicá-las e responsabilizá-las pelos seus atos, de acordo com as medidas judiciais cabíveis a crianças, adolescentes e seus responsáveis no sistema judicial brasileiro.

Todas essas ações são necessárias e eficientes quando estamos frente ao problema. Mas é necessário se pensar ações para evitar que o bullying ocorra. Isto é, temos que nos voltarmos, sobretudo, para a raiz do problema. Isso nos levar a pensar sobre o que temos feito para que o bullying ocorra e seja um fenômeno cada vez mais intenso no contexto escolar. Quais são os valores colocados pela nossa cultura operante que têm reforçado os comportamentos de violência, intolerância às diferenças, abuso, desprezo pelo outro?

Nunca se falou tanto em diversidade, em respeito às diferenças, em inclusão, como nos tempos atuais. São tantos os movimentos sociais que apontam nessa direção: leis de inclusão para as pessoas que têm deficiências mais limitantes; luta antimanicomial pela inclusão na comunidade dos pacientes com sofrimento mental; manifestações pelo fim da homofobia com adesão crescente em toda comunidade...

Enfim, se tantos movimentos versam pelo “direito a ser diferente num mundo de iguais e de ser igual no mundo de diferentes”, porque nossas crianças e adolescentes insistem em nos apontar, através da violência manifesta pelo fenômeno bullying, que algo está impedindo que a transmissão dos valores que a sociedade da diversidade apresenta sejam efetivamente assimiliados por toda a humanidade?

Ou seja, para construirmos a Cultura da Paz, teremos que nos haver, efetivamente, com o que, em nossos hábitos, ainda que não ditos, reforçam a cultura da intolerância em nossa sociedade.

Será que não estamos, realmente, através de nossos preconceitos, dissimulados socialmente, mas “captados” por nossas crianças e adolescentes, mantendo acessa essa intolerância social? Não seriam nossas crianças e jovens nosso sintoma social?

Construir a Cultura da Paz requer a quebra de tantos paradigmas e isso não é tão fácil assim! É preciso muita coragem para gritar a um arranjo social que não atire mais pedras quando a maioria do grupo social assim o faz. Temos muito o que pensar...

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Serviços de Mediação de Conflitos

o serviço de Mediação de Conflitos traz benefícios a todos os órgãos sociais, em que os conflitos humanos estão em evidência...


I – O QUE É MEDIAÇÃO DE CONFLITOS


A Mediação de Conflitos é um processo confidencial que ajuda as pessoas envolvidas num conflito a chegar de forma voluntária e responsável a um acordo construído por ambas. Utiliza métodos alternativos e não adversariais de resolução de conflitos, visando promover um diálogo pacífico sem, necessariamente, levar a questão ao Judiciário.

A Mediação de Conflitos tende a contribuir para o efetivo exercício da cidadania, pois enseja a solução de conflitos pelos próprios envolvidos, deixando nas mãos do juiz de Direito somente o que não foi possível mediar.

O processo é facilitado por uma terceira pessoa, imparcial às partes, capacitada para condução das sessões: o Mediador. Esse profissional, comprometido com o sigilo, através de uma série de procedimentos e técnicas específicas, identifica os interesses das partes e constrói com elas, sem caráter vinculativo, opções de solução, visando o consenso e/ou à realização do acordo.

O mediador trabalha buscando a satisfação das pessoas na solução do conflito, para que não haja vencedor e vencido, mas para que ocorra mútua cooperação entre os envolvidos e, por conseqüência, uma diminuição do número de processos litigiosos sendo ajuizados.


II – OBJETIVOS

  • Auxiliar no combate à violência;
  • Prevenir e solucionar os conflitos de forma pacífica dentro da própria comunidade;
  • Dar mais autonomia à sociedade em torno de suas responsabilidades;
  • Reduzir a demanda do judiciário;
  • Possibilitar a formação profissional de pessoas da comunidade, o mediadores, que passam por curso de capacitação;
  • Promover a Paz Social.


O respeito torna o mundo mais harmônico.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O que é Paz?



A representação física da Terra: seu formato circular, suas cores, a composição harmônica de seus elementos fazem com que a imagem de nosso planeta seja a figura simbólica perfeita para a palavra PAZ.

A figura da pombinha branca frequentemente é usada como representação da PAZ...

Mas, afinal, o que é Paz?

Muitas pessoas definem a Paz como a calmaria, o silêncio, a tranquilidade etc. É uma descrição muito boa, principalmente quando estamos estressados pelas turbulências do nosso dia-a-dia, mas a Paz não existe, apenas, em locais onde estão presentes “a calmaria, o silêncio, a tranquilidade etc”: a Paz pode estar também onde há problemas, obstáculos, desafios, conflitos... Paz não é tal sonhado “mundo cor-de-rosa”, paz faz parte do “mundo arco-íris”, em que há biodiversidade em toda sua extensão, onde as diferenças são valorizadas.

Paz faz parte de um mundo em que as pessoas divergem em seus pontos de vistas, mas resolvem seus conflitos através de meios não violentos, não depreciativos. Paz é a resolução das divergências pelo diálogo, pela mediação dos conflitos, pelo respeito à idiossincrasia (que representa a riqueza da diversidade humana)...

A Paz é um estado de espírito, é construída pelas relações baseadas no diálogo respeitoso, construtivo, criativo, positivamente crítico, socialmente responsável.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Mediação de conflitos: a cultura do diálogo no incentivo à paz social


Na mediação, as pessoas envolvidas no conflito se tornam protagonistas na busca de soluções satisfatórias para o impasse. É uma metodologia aliada na construção de uma Cultura de Paz, tendo em vista que a mediação não se limita a “resolver” os conflitos, mas a transformá-los. Ela resgata e fortalece o diálogo como uma prática positiva na tentativa de resolver os pontos divergentes, tão comuns nas relações humanas. A mediação compreende os conflitos como naturais e, mesmo, necessários. As contraposições, as divergências são importantes para o desenvolvimento humano, pois possibilitam as mudanças. Crises são precursoras de crescimento...

O que a mediação propicia é uma mudança de paradigma: a transformação da cultura da adversidade pela cultura do diálogo. As pessoas se unem através do "falar e escutar" na construção da solução do problema. Enfim, a metodologia, bem desenvolvida, conduzida por pessoas devidamente preparadas, é uma preciosa ferramenta rumo à Paz Social.



FAÇA ACONTECER OS DIAS TÃO SONHADOS....




Um programa de mediação de conflitos dentro da escola, com mediadores devidamente capacitados para desenvolver um trabalho com os alunos/familiares/funcionários, é um importante investimento na construção de uma Cultura de Paz.